domingo, 4 de abril de 2010

Tensões | Montagem

O processo de montagem de uma exposição aproxima seus participantes do raciocínio de artistas e curadores. É possível perceber como seus diversos agentes se relacionam com a narratividade de uma curadoria, com a finalização dos trabalhos e até mesmo com sua execução no momento de fixá-los ao espaço. Em Tensões, por se ter a figura do curador distinta da do artista e a presença de Guido Heuer em alguns momentos do processo, esta aproximação foi particularmente intensa. Pode-se destacar também que os trabalhos tiveram especificidades bem marcantes, alguns inclusive finalizados apenas no momento da montagem. Estes fatores fizeram deste processo especialmente rico para se refletir sobre a exposição.
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A montagem levou cerca de seis dias e foi comandada por Dalmiro Livramento que também executou a iluminação da mostra. A curadora Nadja Lamas acompanhou os dois primeiros dias de montagem definindo a distribuição das obras, a altura de observação dos trabalhos, o posicionamento de etiquetas e a iluminação. Alguns destes aspectos fugiram à configuração tradicional sendo a iluminação indireta e a altura das obras aplicadas especificamente para cada trabalho.
Uma característica dos trabalhos de Guido que influenciou no processo de montagem foi o peso das obras, necessitado de pelo menos três pessoas para erguê-las e fixá-las aos painéis. Na maior parte dos trabalhos de parede foram utilizadas nylon 100 sem a possibilidade de utilização de fitas dupla face para manterem-se unidas à parede. Pelo peso e pela armação de metal utilizada no verso das obras, estas tornaram-se pêndulos impedindo a fixação das fitas.
O trabalho "A foto premiada..., Masturzo" necessitou de cordões de aço para ser sustentado ao painel. A obra pesa mais de 40kg.
A maior dificuldade de montagem foi encontrada no trabalho "Blumenau | Novembro 2008 - Terra, Fogo, Água". Por necessitar de uma projeção de tamanho muito pequeno e efetuada no chão ,foi necessário aproximar o projetor da peça através de mecanismos produzidos especialmente para o trabalho. Também foi necessário tranferir o projetor para o outro lado da sala, exigindo soluções rápidas e específicas por parte da produção da exposição.
Também estiveram presentes na montagem Lena Peixer (diretora de artes e eventos da FCB e proponente do projeto), Fabíola Scaranto e Monique Bens (produtoras e arte-educadoras da exposição), Sônia Pinheiro e Jair da Silva (colaboradores de Guido Heuer).


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